PEGADA HÍDRICA COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA: UMA ANÁLISE DE METAS DO ODS 6

Artigo apresentado no XIX Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (XIX Silubesa, 2021

RESUMO

A metodologia da Pegada Hídrica (PH) insere-se em um contexto de propostas de contabilização da água que se destaca nas atuais discussões ambientais, buscando dar respostas a questionamentos acerca da gestão de recursos hídricos e da necessidade de melhor alocação mundial do recurso. Na contabilidade da água realizada pela Pegada observam-se 3 indicadores associados ao tipo de água em análise: a PH azul, que trata da água retirada dos corpos hídricos; a PH cinza que contabiliza a água que é poluída no processo de produção e; a PH verde, referente a água que está contida nas plantas advindas das chuvas. Apesar de suas limitações, a PH mostra-se suficiente para dar suporte ao processo de busca por uma utilização mais sustentável de recursos hídricos. Também com ênfase nos recursos hídricos, a Organização das Nações Unidas (ONU) desenvolveu a proposta dos ODS, que estabelece 169 metas ambiciosas e detalhadas para os 17 objetivos traçados, exigindo um amplo compromisso global. Desses objetivos, o ODS 6 trata do acesso, consumo e gestão da água assim como o esgotamento sanitário e estabelece metas ambiciosas, que precisam ser atingidas até 2030. Dessa forma, o presente trabalho correlaciona a Pegada Hídrica com metas estabelecidas no ODS 6 sendo observado na análise que a PH se insere como uma possível metodologia de apoio a metas do ODS 6, auxiliando com informações que contabilizam os recursos hídricos.

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Bel. Tuira Ribeiro - RHIOS,
Bel. Adriana Cerqueira - RHIOS,
Dra. Telma Teixeira - Líder do grupo RHIOS

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Tuira Ribeiro, Adriana Cerqueira,Telma Teixeira

CONFLITOS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS E ATUAÇÃO DO COMITÊ DE BACIA

(texto em resposta ao Em questão  : “USOS MÚLTIPLOS E CONFLITOS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS“)

A instalação da hidroelétrica na pequena cidade, causa grandes transformações sociais que em curto prazo podem ser observadas e avaliadas como positivas. Contudo, uma análise mais detalhada voltada ao longo prazo pode fazer surgir uma série de impactos negativos. A população crédula quanto as possibilidades de progresso e melhoria dos serviços públicos propaladas pelos discursos defensores da obra, vislumbram os benefícios decorrentes dos recursos financeiros que podem advir como restituição pelo desapropriação e inundação de terras para a implantação da barragem e produção de energia elétrica.

Considerando a hipótese de “obras a pleno vapor” estabelecida pelo texto, rapidamente observa-se aumento na empregabilidade da mão de obra e maior geração de renda na localidade em índices até então não imaginados. Pequenos produtores que dependem economicamente do rio para sobreviver, representado na história por Pedro e André, beneficiam-se então pela venda em maior volume propiciada pela nova realidade da cidade. Continue lendo “CONFLITOS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS E ATUAÇÃO DO COMITÊ DE BACIA”

PRIORIDADES DE USO EM BACIAS HIDROGRÁFICAS

(texto em resposta ao Em questão  : “USOS MÚLTIPLOS E CONFLITOS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS“)

A utilização dos Recursos Hídricos disponíveis pelo meio ambiente sempre esteve relacionada a variados conflitos de uso ao longo do tempo, uma vez que esse recurso natural é indispensável direta e indiretamente para a vida do homem. Os conflitos pelo uso da água foram se modificando de acordo com as necessidades e prioridades da sociedade. No Brasil, em acordo com normas e orientações internacionais, foram criados mecanismos que direcionam e estabelecem prioridades de uso em uma determinada bacia hidrográfica.

Com a pretensão de determinar diretrizes de usos e preservação dos recursos hídricos, foram estabelecidos no Brasil comitês de bacias hidrográficas, baseando-se em uma política descentralizada, contando com participação de poderes públicos, dos usuários e das organizações da sociedade civil. Continue lendo “PRIORIDADES DE USO EM BACIAS HIDROGRÁFICAS”

USOS MÚLTIPLOS E CONFLITOS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS

Imagine dois piscicultores que cultivam seus peixes em tanques-redes em um mesmo curso d’água, alimentando-os com ração e sobrevivendo desse cultivo. Eles convivem em harmonia e quando se encontram no mercado da cidade dividem uma garrafa de bebida depois da venda dos peixes, conversando sobre os filhos que estudam na mesma escola, sobre os ensinamentos dos seus pais, também piscicultores e outros assuntos do dia a dia. Pedro e André, esses são os seus nomes, moram em uma pequena vila do município de Bastança que tem pouco mais de 70 mil habitantes que vangloriam-se da boa vida, da qualidade da água que permite a todos uma boa saúde e da rica natureza que os cerca.

Pedro e André moram em um país em crescimento, embora não partilhem dos interesses tecnológicos e crescente demanda de energia que se observa nas grandes cidades. Juntos com os demais habitantes do município de Bastança eles privilegiam o ambiente natural mais que os confortos da modernidade. Continue lendo “USOS MÚLTIPLOS E CONFLITOS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS”

ANÁLISE SOBRE AS PERDAS REAIS NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA REGIÃO METROPOLITANA DE FEIRA DE SANTANA

O índice de perdas é um dos principais indicadores para avaliar a eficiência do sistema de abastecimento de água. Ele relaciona o volume de água efetivamente distribuída para consumo e o que chega até as unidades usuárias. Em qualquer sistema de abastecimento de água ocorrem perdas, entretanto, estas precisam ser controladas pelo prestador de serviço para que além de desvios no faturamento não ocorra desperdício do recurso hídrico, escasso em muitas regiões.

Em linhas gerais as perdas configuram-se como eventos anormais e involuntários ao processo de prestação de serviço ou bem produzido. No sistema de abastecimento, estas classificam-se como reais ou aparentes, sendo as primeiras representantes do desperdício operacional durante a distribuição da água, ou seja, os vazamentos, enquanto as perdas aparentes seriam as falhas em identificação e medição do uso das unidades consumidoras relacionado a falta de hidrometração ou fraudes.(acessar ao  artigo completo em pdf)

Gleice Aguiar e João Vitor Gonçalves
Pesquisadores do RHIOS
Seminário "(Re) Pensar Feira/UEFS" Julho 2017.

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INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO E DRSAI EM FEIRA DE SANTANA: A situação da Chikungunya, Dengue e Zika em 2015

As Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (Drsai) decorrem de deficiência nos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, ou precariedade nas condições de entorno das moradias e na coleta de resíduos sólidos. Quanto às formas de transmissão, as Drsai estão divididas em cinco principais categorias: feco-oral; inseto vetor; contato direto com a água; higiene precária e; geo-helmintos e teníases (BRASIL, 2010). Entre as DRSAI nos últimos anos tem ganhado destaque nas discussões e estudos as Drsai relacionadas ao Aedes Aegypti como inseto vetor: Dengue, Zika e Chikugunya, todas com alta frequência de notificação na cidade de Feira de Santana-BA. (acessar ao texto completo em pdf)

Karine Veiga e Tuany Mendonça
Pesquisadoras do RHIOS
Seminário "(Re) Pensar Feira/UEFS" Julho 2017.

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