THE COST OF FRESHWATER CHARGING IN BRAZIL: SUPPLIERS’ MAIN ALTERNATIVES

Artigo publicado na revista Sustainable Water Resources Management (SWAM). Teixeira, T., Veiga, K., Julien, D. et al. The cost of freshwater charging in Brazil: suppliers’ main alternatives. Sustain. Water Resour. Manag. 9, 124 (2023). https://doi.org/10.1007/s40899-023-00908-0

ABSTRACT
Charging for the use of freshwater raises the debate about the financial sustainability of water suppliers and the problems of social and operational efficiency in the sector. The price of raw water, which aims to avoid wasteful uses and give an idea of the value of water, introduces a new cost element to be managed by users. Given the increased operating costs arising from the implementation of raw water charging, this paper analyzes alternatives for water suppliers. We compare a #1 cost absorption scenario with the possibility of passing on to final consumers in the first block tariff, defined by volume (#2a), and the second block tariff charged by additional m3 consumed (#2b). The results show that scenario #1 reduces the availability of resources for investments, compromising the maintenance of the infrastructure and the expansion of services. Alternatively, as a natural monopoly industry, consumer pass-through is more likely. Both scenarios #2a and #2b nullify the incentive for rational use and operational efficiency, add risks to environmental sustainability and compromise the plans of the basin committee. However, in scenario #2b, the possibility of lower water consumption by households, changing to the tariff of the first block, brings back the possibilities of scenario #1. Scenario #2a, as a plausible choice, requires an accurate discussion of the social, institutional, and environmental aspects of water governance without losing attention to local particularities. To exemplify the discussion, we tested these scenarios in a Brazilian semi-arid watershed where the freshwater charging is not yet in force.

Dra. Telma C. S. Teixeira - Líder do grupo RHIOS
Bl. Karine dos S. Veiga - RHIOS,
Msc. Denis L.L Julien - RHIOS,
Dr. Frank Pavan de Souza - RHIOS, ISECENSA

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Denis Julien,
Frank Pavan de Souza,
Telma Teixeira

GOVERNANÇA DA ÁGUA E PANARQUIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A GESTÃO HÍDRICA

Artigo apresentado no 32 Congresso da ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

RESUMO
A água é requisito à vida e elemento fundamental às atividades econômicas. Sua importância e multiplicidade de aplicações como recurso enfrentam conflitos de usos concorrentes ao tempo em que sua disponibilidade é determinada por fatores naturais sujeitos à imprevisibilidade. Para orientar a gestão dos recursos hídricos e os desequilíbrios na relação demanda-oferta em amplo escopo, os princípios de Governança Hídrica se apresentam como diretrizes que buscam aliar eficiência e sustentabilidade ambiental harmonizando as relações entre seres humanos e meio ambiente. Entretanto, embora reconheça a complexidade do tema, as orientações de Governança enfatizam questões infraestruturais e de investimento, preterindo discussões sobre a resiliência e interdependência dos ecossistemas. Assim, o presente trabalho discute a Governança hídrica à luz do modelo conceitual da Panarquia e Ciclos Adaptativos que privilegia os análise da interação entre distintos níveis de ecossistemas, em um contexto dinâmico de reorganização e reordenamento de estruturas. A crescente relevância da temática ambiental nos debates sobre limites e necessidades humanos tem sido objeto de análise de abordagens teóricas e proposição de modelos, havendo a necessidade de identificar os pontos de convergência, as estruturas de ligações e as formas de interação que permitam a operacionalização sustentável dos instrumentos de gestão ambiental.

(acessar ao artigo completo)

Dra. Telma Teixeira,
Dra. Márcia M. R. Ribeiro

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Telma Teixeira,
Márcia M. R. Ribeiro,

IMPACTO DO CUSTO DA COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA SOBRE O PRESTADOR: UM ESTUDO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PARAGUAÇU

Artigo apresentado no 32 Congresso da ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

RESUMO
No saneamento, a cobrança pelo uso da água bruta como instrumento econômico de gestão de bacias hidrográficas, levanta o debate sobre a sustentabilidade financeira dos fornecedores de água e os problemas de eficiência social e operacional do setor. A questão se destaca quando os fluxos de renda dos fornecedores são insuficientes para cobrir os custos de produção ou as receitas das famílias são baixas, dificultando o aumento das tarifas. Além disso, é ainda pior com a combinação desses fatores em bacias hidrográficas com escassez de água. O presente trabalho analisa a cobrança pelo uso da água doce sob a ótica da destinação do incremento de custos no setor de saneamento, considerando um cenário de absorção da cobrança pela prestadora de serviços. Essa hipótese é exercitada em uma bacia do semiárido baiano, onde o instrumento de gestão ainda não foi implementado, a Bacia Hidrográfica do Paraguaçu (BHP), tomando como modelo a fórmula de cobrança estabelecida pela Bacia Hidrográfica do São Francisco (BHSF). Os resultados mostram redução da disponibilidade de recursos para investimentos, comprometendo a manutenção da infraestrutura e a expansão dos serviços.

(acessar ao artigo completo)

Dra. Telma Teixeira - Líder do grupo RHIOS
MBa. Karine Veiga dos Santos - RHIOS,
MSc. Denis Luc Louis Julien - RHIOS,
Dr.João Paulo M. C. Souza,
Dr.Frank Pavan - RHIOS

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Denis Luc Louis Julien,
João Paulo M. C. Souza,
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Editorial: Août 2021

Le crime environnemental sous l’angle de la théorie économique

Le Rio Doce traverse deux états du Brésil, Minas Gerais et Espírito Santo. 850 km de fleuve intoxiqués et détruits totalement par les boues rouges de la compagnie minière SAMARCO en 2015.((Foto: Adriano Machado/Reuters)

Avec les impacts de plus en plus évidents causés par le changement climatique et aussi par l’action humaine directe, les dommages environnementaux et/ou les crimes sont devenus monnaie courante. En ce sens, l’économie nous permet d’analyser le phénomène sous un angle différent à travers la théorie économique du crime de Gary Becker (1968), considérant que la pratique du crime environnemental peut survenir à partir d’une décision rationnelle de l’agent lors de la pondération des coûts et des avantages.

Becker (1968)¹ considère l’activité criminelle comme une branche de l’économie, des agents, que ces individus, institutions ou entreprises, par exemple, décident de commettre un crime ou non en considérant que les bénéfices dépassent les coûts de l’action. Les gains peuvent être monétaires ou par une perception d’utilité ou de satisfaction accrue de l’agent, de sorte que la criminalité environnementale peut être analysée dans cette perspective, en considérant une analyse des coûts par rapport aux avantages à travers ce qui est établi comme crime ou dommage environnemental par la législation actuelle. Le coût comprendrait la punition, la probabilité d’être identifié et puni et/ou d’éventuelles sanctions directes ou indirectes.

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Editorial: August 2021

Environmental crime from the perspective of the economic theory

The Doce river (literally the “sweet river”) is a river in southeast Brazil with a length of 853 kilometres (530 mi). In 2015 the collapse of a dam released highly contaminated water by mining company SAMARCO into the river causing an ecological disaster (WikiPedia) ((Foto: Adriano Machado/Reuters)

With the increasingly evident impacts caused by climate change and also by direct human action, environmental damage and/or crimes have become commonplace. In this sense, Economics allows us to analyze the phenomenon from a different perspective through the Economic Theory of Crime by Gary Becker (1968) ¹ considering that the practice of environmental crime can occur from a rational decision of the agent when weighing costs and benefits.

Becker (1968) considers criminal activity as a branch of the economy. Agents, whether these individuals, institutions, or companies, decide between committing the crime or not when considering that the benefits exceed the costs of the action. The gains can be monetary or by a perception of increased utility or agent satisfaction, so environmental crime can be analyzed from this perspective, considering an analysis of cost versus benefit through what is established as crime or environmental damage by current legislation. The cost would include punishment, probability of being identified and punished, and/or possible direct or indirect sanctions.

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Editorial : Agosto 2021

O crime ambiental sob a ótica da economia

O Rio Doce atravessa dois estados do Brasil, Minas Gerais e Espírito Santo. 850 km de rios intoxicados e destruidos totalmente pelas lamas da mineradora SAMARCO em 2015. ((Foto: Adriano Machado/Reuters)

Com os impactos cada vez mais evidentes provocados pelas mudanças climáticas e também da ação humana direta, danos e/ou crimes ambientais se tornaram temas corriqueiros. Neste sentido, a Economia permite analisar o fenômeno sob um olhar diferenciado por meio da Teoria Econômica do Crime de Gary Becker (1968), considerando que a prática do crime ambiental pode se dar a partir de uma decisão racional do agente ao ponderar custos e benefícios.

Becker (1968) considera a atividade criminosa como um ramo da economia, os agentes, sejam estes indivíduos, instituições ou empresas, por exemplo, decidem se praticam ou não o crime ao considerar que os benefícios excedem os custos da ação. Os ganhos podem ser monetários ou por uma percepção da elevação da utilidade ou satisfação do agente, assim o crime ambiental pode ser analisado sob essa ótica, considerando uma análise de custo versus benefício por meio do que está estabelecido como crime ou dano ambiental pela legislação vigente. No custo, estariam inclusos punição, probabilidade de ser identificado e punido e/ou possíveis sanções diretas ou indiretas.

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NOTAS SOBRE O PANORAMA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

O saneamento básico é de extrema importância para a sociedade e meio ambiente, visto que as atividades que englobam esse tipo de serviço são essenciais para a prevenção de doenças, redução da mortalidade infantil, melhorias nos índices de educação e empregabilidade, entre outros benefícios.

No Brasil, o acesso ao saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 e tem as diretrizes estabelecidas pela Lei Federal 14.026/2020, que estabelece quatro esferas para a abrangência desse serviço: “abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de forma adequada à saúde pública, à conservação dos recursos naturais e à proteção do meio ambiente.” (BRASIL, 2020).

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NOTAS SOBRE AS POTENCIALIDADES E OS LIMITES DA ENERGIA EÓLICA E SOLAR FOTOVOLTAICA NO BRASIL

À Guisa de Introdução

Os incentivos do governo brasileiro para o uso de fontes alternativas na geração de energia elétrica vieram acontecer a partir de 2001, após a crise de racionamento elétrico (2001/2002). O apagão, como ficou conhecido, ocorreu principalmente por falta de planejamento no setor elétrico e ausência de investimentos em geração e distribuição de energia.

Em 2001, foi criado o Programa Emergencial de Energia Eólica (Proeólica) com intuito de contratar 1.050 MW de projeto de energia eólica até dezembro de 2003. O programa, no entanto, não obteve sucesso, mas serviu de experiência que culminou na implantação de outro projeto, o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (PROINFA). Este, por sua vez, objetivou aumentar a participação das fontes alternativas renováveis – pequenas centrais hidrelétricas, usinas eólicas e empreendimentos termelétricos a biomassa – na produção de energia elétrica.

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NOTAS SOBRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS HÍDRICAS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

Resumo

As políticas públicas hídricas no Semiárido Brasileiro foram desenvolvidas com o foco de mitigar as consequências das secas, já que a escassez hídrica é um problema recorrente na região. As ações governamentais de políticas públicas com perspectivas de combate à seca perduraram os anos 90, geralmente favorecendo os grandes e médios fazendeiros e contribuindo assim, para a concentração das águas. A partir dessa década surgem novas propostas baseada na convivência com a seca, por meio de tecnologias sociais voltadas à descentralização e democratização de acesso à água. O objetivo geral é analisar a importância das políticas públicas hídricas implementadas no semiárido brasileiro voltadas com a convivência no semiárido. Os objetivos específicos da presente pesquisa dizem respeito a: i) apresentar a caracterização do semiárido brasileiro; ii) explicar a transição paradigmática do combate a seca com a convivência com a seca; e iii) analisar as principais políticas públicas hídricas implementadas no semiárido brasileiro que apresentam alternativas de convivência com a região. Os procedimentos metodológicos deste estudo estão pautados em pesquisa documental e bibliográfica. Os resultados dos programas lançado pela Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) e o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), e a continuidade de outros Programas lançados pelo governo federal como o Água Doce, Água para Todos e o Programa Cisternas evidenciam-se a importância da políticas públicas hídricas voltadas com a convivência no semiárido, contribuindo assim para ampliar o acesso à água para o consumo humano e as atividades produtivas de forma descentralizada para a população rural do semiárido brasileiro.

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VISÕES ECONÔMICAS SOBRE O MEIO AMBIENTE EM RELAÇÃO AS ATIVIDADE DE DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

(texto em resposta ao Em questão : “Da Teoria à Prática: as interpretações econômicas de problemas ambientais“. As opiniões e interpretações aqui apresentadas, bem como a exatidão e a adequação das referências a trabalhos que tenham sido consultados e mencionados ao longo do texto são de responsabilidade do autor.)

INTRODUÇÃO

A floresta amazônica, maior floresta tropical do mundo, faz parte de 9 países e no Brasil se concentra em 9 estados. O estado do Amazonas é um dos estados brasileiros que detém a maior parte da floresta e possui uma área territorial de 1.559.167,878 km², tendo a sua população estimada em 2020 de 4.207.714 pessoas e o seu rendimento nominal mensal domiciliar per capita correspondeu no ano de 2020 a R$852. O estado do Amazonas é uma região formada pela bacia do rio Amazonas, uma das mais extensas do planeta terra, compreendida por 25.000 km de rios navegáveis, aproximadamente 6.900.000 km², dos quais mais de 3.800.000 km² estão localizados no Brasil (IBGE, 2021).
A floresta é estratégica, pois apresenta uma enorme variedade no seu ecossistema e devido ao seu clima e a forte incidência de chuvas durante todo o ano, auxilia nos abastecimentos das bacias e na vida. Todavia, a região (bioma) vem diminuindo devido a desmatamentos e extração de minérios, datada desde o século XIX e tem atualmente avançado de forma significativa e descontrolada (MOREIRA, 2009).

O desmatamento no estado do Amazonas tem gerando uma ampla discussão, não somente nacional, mas principalmente internacional, destacando-se a ilegalidade na atividade madeireira. O desmatamento, bem como as queimadas, são símbolos de uma grande expansão das atividades do ser humano que tem refletido sobre uma grande problemática entre a economia, o meio ambiente e as questões sociais.

Considerando o crescimento da economia no estado e no país, a extração madeireira entre outras atividades na região contribuem para a dinâmica social, como afirma Asner et al. (2010). Segundo os autores, as atividades madeireiras geram empregos e renda, porém, devido a três principais fatores: pouca fiscalização, baixo capital de investimento e falta de conhecimento de ecologia culminaram em consequências ambientais negativas e possivelmente irreversíveis (DW Brasil, 2021).

Diante do brevemente exposto questiona-se no presente texto qual seria a análise dos economistas ecológicos, neoclássicos dos recursos naturais e da poluição sobre o desmatamento na Amazônia. A resposta a tal questionamento configura-se no objeto de estudo aqui desenvolvido.

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